sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Verba para a Adutora do Agreste é liberada a passos lentos pela União

Dos R$ 180 milhões esperados, governo federal liberou apenas R$ 56 milhões neste primeiro semestre



Em construção desde junho de 2013, a primeira etapa da Adutora do Agreste terá 450 quilômetros, beneficiando 23 municípios
Foto: Hélia Scheppa/ Acervo JC Imagem

ANGELA FERNANDA BELFORT


Importante para fazer as águas da Transposição do São Francisco chegarem a região de maior estresse hídrico do Estado, a Adutora do Agreste continua se arrastando com o repasse dos recursos federais em ritmo lento. A expectativa era de que a obra recebesse cerca de R$ 180 milhões da União nos seis primeiros meses de 2017. Nesse período, contudo, o governo federal, via Ministério da Integração Nacional, repassou R$ 56 milhões. E até o fechamento desta edição, não foi confirmado se a obra está com os recursos contingenciados, conforme anúncio na semana passada. Enquanto essa obra não estiver pronta, as águas do Velho Chico apenas passam por Pernambuco para chegarem as torneiras de algumas cidades da Paraíba.

Inicialmente, as águas da transposição chegariam as torneiras das cidades pernambucanas depois de passar pelo Ramal do Agreste – um sistema que captaria a água do Eixo Leste, em Sertânia, e a transportaria até a cidade de Arcoverde, onde começa a Adutora do Agreste. O Ramal do Agreste – que deveria ser implantado pela União – nunca saiu do papel.

A Adutora do Agreste é implantada com recursos federais sob a gestão da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). No fim do ano passado, a diretoria da Compesa incluiu a Adutora do Moxotó – que transportaria a água de Sertânia até Arcoverde – dentro da Adutora do Agreste, o que faria essa última receber a água da transposição. Mas o ritmo lento dos repasses federais atingiu as duas adutoras.

OBRA
Em construção desde junho de 2013, a primeira etapa da Adutora do Agreste terá 450 quilômetros, beneficiando 23 municípios, incluindo Belo Jardim, Pesqueira, Sanharó e Tacaimbó. Essas cidades tiveram as suas estações de tratamento de água desligadas este ano por falta do líquido, devido à estiagem.
A União investiu R$ 666 milhões na Adutora do Agreste. Para terminar a obra, faltam R$ 579 milhões. Foram implantados 360 quilômetros. “A nossa meta é ter uma conexão com a Transposição do São Francisco para dar segurança hídrica à essa região”, conta o presidente da Compesa, Roberto Tavares. Na semana passada, quando esteve no Recife, o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, prometeu liberar mais R$ 40 milhões para a Adutora do Agreste.
Fonte: jconline.ne10.uol.com.br

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